terça-feira, 31 de agosto de 2010

onde está o amor?


Estava eu muito tranquilinha da vida checando meus e-mails, quando me deparo com esta crítica inquietante aos relacionamentos e comportamentos atuais, das pessoas que se dizem independentes e bem resolvidas, felizes consigo mesmas e seguras de si. Não pude deixar passar batido. Onde será que isso tudo vai acabar? Será que as pessoas ainda se permitem a felicidade? Será que é realmente tão complicado assim ser feliz? Será que é mesmo impossível encontrar um grande amor ou as pessoas (NÓS!) se acostumaram tanto a esse modo efêmero de se relacionar e se prender a estereótipos, que acabaram (acabamos! não me incluo fora) por afastar a idéia ou mesmo a concepção do amor de verdade? Fica a dica pra uma reflexão de diiiiiias, profunda e densa. ;)


(JORNAL O DIA! Arnaldo Jabor)

O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!

Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama .... sexo de academia .. . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalisticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

é o que se sente


“O Flamenco é o espelho da Andaluzia que sofre paixões gigantes e cala paixões, embaladas pelos leques e pelas mantilhas sobre as gargantas que têm. Tremores de sangue, de neve, e arranhões vermelhos feitos por olhares.”
Federico Garcia Lorca

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

(8)todo mundo erra sempre, todo mundo vai errar



Sábias palavras...a gente erra sem saber, erra sem querer, erra sem porquê, erra querendo acertar, erra sem poder errar, erra por acreditar, erra por querer sonhar, erra por não perceber, erra por fazer sofrer, erra por prometer que nunca mais vai errar e erra de novo pra aprender a errar.

Ainda bem que é 'errando que se aprende'.
E se é assim, 'eu aprendi com você'.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

quanto tempo você ainda tem?


Tô morta, muito cansada, psicologicamente exausta e fisicamente também. Se eu tô feliz? Claro! Tô fazendo o que eu gosto e, confesso, me entrego sem medidas, pois a medida é a perfeição e nunca está bom o suficiente... Bem, o que eu gostaria de comentar, tem a ver, na verdade, com vida, com idade, com sonhos, com tempo. O que a gente sonha, o que a gente quer? Pelo que a gente luta? Por quem a gente luta? Hoje, durante uma experiência de contato superficial com idosos, percebi que nós, jovens, não conseguimos vislumbrar 10 anos à frente de maneira realista, sem fantasiar, sem submeter a previsão aos nossos sonhos. E eu falo isso por mim. Porque quando eu olhei praqueles velhinhos, debilitados, fracos e carentes de todo tipo de cuidado, eu sofri, eu senti coisas estranhas, coisas tristes e isso me levou a questionar: quem eram essas pessoas? o que elas queriam ser quando crescessem? Como elas se imaginavam em 50 anos? O que elas sentem? O que elas pensaram quando eram jovens ao ver pessoas como elas atualmente? Eu me bombardeei e me pus na berlinda. Como eu me imagino no futuro? Será que eu vou realizar meus planos,será que eu vou ser feliz, será que eu vou ter filhos, será que eu vou ter uma velhice saudável e tranquila? Será que eu vou amar e ser amada? E em meio a tantos serás e eu me peguei assustada e totalmente despreparada pras respostas a estas perguntas. Eu na verdade não preciso tê-las. De repente eu até gostaria de poder prever o futuro e me tranquilizar com o diagnóstico precoce, mas será que isso realmente importa? Será que mudaria alguma coisa eu saber como tudo isso vai acabar? E aí vão maaais perguntas que não podem ser respondidas. E aí eu me concedo o benefício da dúvida, eu me dou a chance de lutar pelo que eu acredito sem a certeza de que isso vai ou não render os frutos que eu sonho colher. E isso é LINDO. Não saber é lindo. Não entender, não descobrir e simplesmente viver um dia atrás do outro regando-os a sonhos e planos impossíveis, sem saber ao certo o que nos espera é lindo. E assim a gente vai levando, trilhando o lindo caminho da incerteza, rumo a um fim que a gente não sabe bem aonde vai dar, mas que está lá, nos lembrando que todo o tempo não é tempo demais e que nós somos meros seguidores das leis da natureza - nascemos, crescemos e envelhecemos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

você pode fazer mais?


Meu Deus, essa frase pegou de jeito, viu? E não só a mim. No primeiro dia de aula do último semestre (que medo :x), a professora nos deu boas vindas com esse questionamento, extraído de um comovente texto (olhos marejados *_*).
Mas realmente, se você parar pra pensar na vida, nas coisas que vc faz (sério, sem pegadinhas)ou deixa de fazer, na pressa, na mania de deixar pra depois, enfim...será que a gente se entrega e se joga de cabeça no que a gente se propõe a fazer? Ou será que a gente faz o que é cômodo, o que dá pra fazer sem maiores esforços? Será que a gente pensa em ser e fazer o melhor, em dar tudo oq a gente tem, em não medir, em não pesar? Depois de tantos questionamentos, tenho certeza que poucas, ou nenhuma pessoa respondeu afirmativamente. Eu muito menos e não pense que me orgulho disso. A vida é tão corrida, tão cheia de atividades e exigências que a gente termina por negligenciar muitas coisas que deveriam ser importantes... então, a dica que fica aqui pra todos nós, seres humanos falhos e aperfeiçoáveis, é que façamos bem (e intensamente) tudo o que nos propusermos a fazer, aqui e agora, sem esperar pelo depois, pelo amanhã, pela segunda-feira, pois, como bem dizem

"A vida é aquilo que acontece enquanto você faz planos."
John Lenon